quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Atividade e-proinfo 2.7

E-book: o Futuro da Leitura

Cartum cômico criticando a evolução da humanidade

A explosão tecnológica que vivenciamos no século XXI vem mais uma vez demonstrar uma pequena... quer dizer, uma enorme modificação na maneira como lemos. Ainda ontem utilizávamos papiros para ler nossos símbolos... hoje quem não tem um e-reader tem que rever seus conceitos, pois o papel já está ficando para traz.
Antes de se falar sobre o novo e mais tecnológico meio de se ler, vamos conhecer como tudo começou.

O homem sentiu necessidade de comunicar-se desde que começou a viver em sociedade, para alertar sobre alguma coisa ou expressar sua cultura ou sentimento.
A evolução da comunicação não possuí datas presumidas, mas sempre existiu, e acompanhou a evolução biológica do homem, como ainda hoje o faz.
Deu-se início com desenhos feitos em cavernas ou pedras para conseguir expessar-se.


Pintura Rupreste - Parque Nacional de Sete Cidades - Piauí - Brasil

Placa de escrita Cuneiforme
A escrita é anteriormente ao texto e ao livro. Consiste em um código capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos, em resumo: palavras. É importante destacar aqui que o meio condiciona o signo, ou seja, a escrita foi em certo sentido orientada por esse tipo de suporte; não se esculpe em papel ou se escreve no mármore.
Com o tempo a comunicação passou a ser expressa através da técnica de gravar o cotidiano em ossos, pedras e madeiras, assim como apareceu a modelagem em argila.
Por volta de 4.000 A.C. os historiadores aceitaram como certo o aparecimento da escrita na Mesopotâmia e no Egito. O khartés (volumen para os romanos, forma pela qual ficou mais conhecido), que consistia em um cilindro de papiro, facilmente transportado.

Fragmento de papiro e modelo de simbologia utilizado por Mesopotâmios e Egípcios.

Planta de papiro ("Cyperus papyrus").
O "volumen" era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo. O comprimento total de um "volumen" era de 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros.

Antiga Biblía Cristã feita em Códex
Aos poucos o papiro é substituído pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O nome pergaminho deriva de Pérgamo, cidade da Ásia menor onde teria sido inventado e onde era muito usado. O "volumen" também foi substituído pelo códex, que era uma compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros anos da Era Cristã. O uso do formato códice e do pergaminho era complementar, pois era muito mais fácil costurar códices de pergaminho do que de papiro.
Uma consequência fundamental do códice é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando definitivamente a obra com o livro.

Na idade Média o livro sofre um pouco, na Europa, as consequências do excessivo fervor religioso, e passa a ser considerado em si como um objeto de salvação. A característica mais marcante da Idade Média é o surgimento dos monges copistas, homens dedicados em período integral a reproduzir as obras, herdeiros dos escribas egípcios ou dos libraii romanos. Nos mosteiros era conservada a cultura da Antiguidade. Apareceram nessa época os textos didáticos, destinados à formação dos religiosos.
Mas a invenção mais importante, já no limite da Idade Média, foi a impressão, no século XIV. Consistia originalmente da gravação em blocos de madeira do conteúdo de cada página do livro; os blocos eram mergulhados em tinta, e o conteúdo transferido para o papel, produzindo várias cópias. Foi em 1405 surgia na China, por meio de Pi Sheng, a máquina impressora de tipos móveis, mas a tecnologia que provocaria uma revolução cultural moderna foi desenvolvida por Johannes Gutenberg.
A Epopéia de Gilgamesh é o livro mais antigo conhecido.
Tabuinha da Epopéia de Gilgamesh descrevendo o dilúvio em Acádio.
O surgimento da escrita marcou o início da história. A invenção da técnica de imprimir ilustrações, símbolos e a própria escrita, promoveu a possibilidade de tornar a informação acessível à um número cada vez mais crescente de pessoas, alterando assim o modo de viver e de pensar de uma sociedade.
Depois com o passar dos tempos surgiram o jornal, o livro, o rádio, as revistas, a televisão e o computador.


Jornal como hoje conhecemos (à esquerda), e o primeiro jornal do Brasil datado de 10 de Setembro de 1808.













A história do livro é uma história de inovações técnicas que permitiram a melhora da conservação dos volumes e do acesso à informação, da facilidade em manuseá-lo e produzi-lo. Esta história está intimamente ligada às contingências político-econômicas e à história de idéias e religiões.
Entre neste link e descubra qual foi o primeiro livro impresso no mundo!

Cada vez mais aparece a informação não-linear, seja por meio dos jornais, seja da enciclopédia. Novas mídias acabam influenciando e relacionando-se com a indústria editoral: os registros sonoros, a fotografia e o cinema.
A decoração da encadernação é um importante aspecto visual e de atração dos livros. A parte lateral é a que indica o nome e atraí o leitor no meio de uma estante.



O livro deve ser composto de um grupo de páginas encadernadas e ser portável.
Hoje estamos na Era Tecnológica e o computador é o carro chefe, pois no início, em 1943, ele era uma máquina gigantesca, de cálculos, que ocupava uma sala inteira, passando por transformações, computadores portáteis e até os de mão, que não são somente máquinas de cálculo e sim abrangendo as mais variadas funções.

Primeiro computador do mundo (á cima). Primeiro computador “portátil” de 1971 (á baixo).
Em conjunto com a evolução dos computadores, está a Internet, desenvolvida em 1969 para fins militares na época da Guerra Fria e não passava de um sistema de comunicação entre as bases militares dos EUA, e tinha o nome de ArpaNet. Em 1971 passou a ser usada por acadêmicos e professores universitários, principalmente nos EUA, onde os mesmos trocavam pensamentos e mensagens, passando a ser denominada como Internet World Wide Web (WWW ou Rede de Alcance Mundial), popularmente conhecida como Internet.
No fim do século XX surgiu o livro eletrônico, ou seja, o livro num suporte eletrônico, o computador. Alguns acreditam que ainda é cedo para dizer se o livro eletrônico é um continuador do livro típico ou uma variante, mas como mídia ele vem ganhando espaço, o que de certo modo amedronta os amantes do livro típico - os bibliófilos.
Um livro eletrônico (livro digital ou o anglicismo e-book) é um livro em formato digital que pode ser lido em equipamentos eletrônicos tais como computadores, PDAs, e-readers (Leitor de livros digitais) ou até mesmo celulares que suportem esse recurso. Uma dificuldade que o livro eletrônico encontra é que a leitura num suporte de papel é cerca de 1,2 vez mais rápida do que em um suporte eletrônico, mas pesquisas vêm sendo feitas no sentido de melhorar a visualização dos livros eletrônicos.
Os formatos mais comuns de Ebooks são o PDF, HTML, ePUB e vários outros. O primeiro necessita do conhecido leitor de arquivos Acrobat Reader ou outro programa compatível, enquanto que o segundo formato precisa de um navegador de Internet para ser aberto. O Epub é um formato de arquivo digital padrão específico para ebooks.
Aquele livro que você possuí e adora pode se tornar um e-book, basta você digitalizá-lo. Fazer isso é fácil, basta um computador um scaner e paciência.
Outra idéia é você mesmo escrever um livro digital, acrescentando música, links, fotos e o que mais você desejar.

A principal vantagem do livro digital é a sua portabilidade. Eles são facilmente transportados em disquetes, CD-ROMs, pen-drives e cartões de memória. Como se encontra no formato digital, pode ser transmitido rapidamente por meio da Internet. Se um leitor que se encontra no Japão, por exemplo, e tiver interesse em adquirir um livro digital vendido nos Estados Unidos ou no Brasil, pode adquiri-lo imediatamente e em alguns minutos estará lendo tranquilamente o seu ebook.
Outra vantagem é o preço. Como seu custo de produção e de entrega é inferior, um livro digital de alto padrão, como os encontrados em sítios especializados, pode chegar as mãos do leitor por um preço até 80% menor que um livro impresso, quando não for gratuito.
E-reader  e seus e-books... infinitas viagens ao conhecimento.
Mas um dos grandes atrativos para livros digitais é o fato de já existirem softwares capazes de os ler, em tempo real, sem sotaques robotizados e ainda converter a leitura em uma mídia sonora, como o MP3, criando audiobooks e abrindo portas para a inclusão digital de pessoas portadoras de deficiência.
O site Wikipédia possuí dois sites que incentivam a leitura eletrônica, tanto por criação, quanto por disponibilização gratuita:
O livro digital também é protegido pelas leis de direitos autorais. Eles não podem ser alterados, plagiados, distribuídos ou comercializados de nenhuma forma, sem a expressa autorização de seu autor. No caso dos livros digitais gratuitos, devem ser observadas as regras e leis que regem as obras de domínio público ou registros de códigos abertos para distribuição livre.
Alguns editores de livros eletrônicos já começaram a distribuir os livros que estavam em domínio público. Ao mesmo tempo, os autores de livros que não foram aceitos pelos editores ofereceram seus trabalhos online para que possam ser comprados e lidos. Além disso, a cópia e distribuição de livros protegidos por direitos autorais é muito menor do que a diferença com os discos. O motivo é demográfico, o complexo processamento digital e uma maior variedade de gostos e públicos.
Mas, desde que você disponibilize o livro gratuitamente, mesmo o digitalizado, você não estará cometendo crime nenhum.

E aí, gostou do tema? Então, lá vai mais um link para você!

Beijos para todos

Célia Gomes Faria Moraes

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